jeudi, novembre 26, 2009

maior é a queda

Sabes o que faz doer a alma? Ausência excessiva de liberdade. Digo excessiva, porque obviamente nunca somos/estamos completamente livres. Não sei em que pontos coincidem o estar e o sentir, talvez seja aquilo que distingue o foro físico do emocional, a percepção concisa da realidade. O ser feliz e o estar triste, o chorar e o sorrir. Ter força ou ser-se fraco. Sempre escolhas, e que escolhas! Outra e outra vez as mesmas palavras, o mesmo jeito de escrever, a mesma fraqueza e solidão, as tais nuvens negras que não deixam uma pessoa tranquila. Sofrer, não sofrer...damos conta e já passou mais um dia. Depois outro, e mais outro. E os erros vão-se acumulando como mãos cheias de rebuçados. Ter fé, não ter. Mais dúvidas, escolhas, tudo isto rodeado pela desconfiança prematura do ser racional, que somos nós, embora claro com níveis de racionalidade diferentes. Seguir a lógica, traçar um caminho por razões que se baseiam em duas camadas distintas, a superficialidade do mundo, e a profundidade do mundo...mas eu sei que tem de haver mais do que isto! Apenas ainda não descobri o quê. Recusar é como ficar sem ar, sufoca-me. Desejava renunciar a tudo o que me faz feliz, pois deixa-me tonta, com a cabeça a andar à roda. Queria ser realmente superficial, mais do que aquilo que supostamente sou. Limito-me a ser masoquista com dores suportáveis, limito-me a sofrer por antecipação, sofer por coisas inúteis, efémeras, passageiras.
Às vezes sinto-me tão sozinha.

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