fico sempre muito feliz quando descubro pessoas que gostam de rock. indie rock, principalmente. quando alguém me diz que gosta de radiohead, kings of convenience, kooks, pearl jam, nirvana, management, ou outras que tais... o meu coração fica cheio por breves instantes. vejo nestas pessoas um pouco daquilo que se encontra na minha alma. todos deveriam gostar destas bandas (e muitas mais, claro!). o rock é talvez o estilo mais triste e solitário. admiro aqueles que conseguem fazer música que me faz chorar. quando ouço determinada música e choro, sinto algo que ainda não tenho capacidade para descrever. todos deveriam gostar de rock. todos deveriam experimentar serem tristes como eu, pelo menos por um dia. sabe bem. o rock é o meu café da manhã. o thom yorke a cantar fake plastic trees é uma oração. a sério, todos deviam gostar de rock. a vida causa-me uma agonia incrível. sinto-me dividida. simplesmente, não obter respostas nem soluções para o problema que é a humanidade, magoa-me e fere-me o espírito enrugado por dores inventadas e mal sentidas. sou uma espécie de engenheira, neste ponto. diz o meu pai que ser engenheiro é encontrar soluções para os problemas. concluí hoje, enquanto fazia o teste de português, que o maior problema do mundo é não reparar. ninguém repara. soluções já nós as temos, falta a aplicação necessária e correcta. pensem nisso. e ouçam, isto.