mardi, janvier 18, 2011

deixas-me numa posição delicada. tentador, aquilo que me ofereces a escolher. inspiração a troco de um amor que não sei bem ainda onde vai ter. se nos levar a paris, aceito. vamos para o topo da torre eiffel e eu levarei comigo umas cesta cheia de croissants. é uma promessa. e as que envolvem comida são mais divertidas e deliciosas. as minhas preferidas. promete-me que o nosso amor será, também ele, um croissant. ainda é cedo e ainda mo podes prometer, enquanto eu resisto e os nossos corações são jovens. enquanto a massa folhada permanece estaladiça, resplandecente tentação, digna de realce em qualquer vitrina de renome. obrigada pelos teus silêncios. fujo ao destino dos amantes sem dinheiro. quero ao máximo passar despercebida, só mais um amor, mais um olhar; meus olhos não são peixes verdes, nunca me digas que meus olhos são peixes verdes. percebe agora porque me abstenho de te dizer o que quer que seja em determinados momentos: não desejo gastar as palavras. não desejo esgotar este calor que me ameniza os calafrios do corpo, doces arrepios de quem possui mente aturdida pelos diversos dissabores que a vida dá e não dá. cada palavra custa a sair, não penses que é fácil. penso bem em cada uma e examino-as vezes sem conta, ponderando se serão suficientemente boas para ti. milhares de vozes oiço, vozes de triliões de pessoas iguais a nós. com sentimentos tal e qual os nossos. pessoas que vão aos mesmos sítios que nós, pessoas que comem ao nosso lado, pessoas que pensam nas mesmas coisas que nós. e, interrogo-me, saberão todas essas pessoas que o amor acaba mais depressa do que aquilo que imaginam? talvez não.
de certeza que não. mas... agora que te encontrei... o que posso eu fazer?

1 commentaire:

agfjhdsbf a dit…

Tão lindo, de verdade. (: