Noutras alturas, desejei estar triste. Sempre que a minha alma se tornava inquieta, bastava-me pegar numa caneta e num pedaço de papel, e escrevia durante minutos a fio, sem pensar...as palavras saíam-me como por magia. No fim, eu sentia-me confortada, como quando tomamos um chocolate quente no Inverno, como quando damos um mergulho nas tardes mais quentes do Verão. Era simples, fácil, brincar com as palavras. Colocá-las a meu favor, escrever para mim e para alguém que não existe. Gostava mesmo de saber o que está determinado e o que não está, poder expressar o que me vai na mente, mais propriamente na parte do cérebro destinada a todas estas reflexões existenciais, com frases bem estruturadas e palavras límpidas. No entanto, para o conseguir verdadeiramente, tenho de fazer da minha maneira. Quero tudo aquilo que não posso ter. Ai, que desprezo! Preferia não saber escrever e saber o que sou. Tudo o que ultrapasse esta camada do real... não consigo falar sobre isto, discutir sobre isto. Profundos devaneios de adolescente. Não gosto destes pensamentos, são uma perda de tempo, pois não me levam a lado nenhum! Volta depressa, racionalidade, cá te espero. Eu não sonho, eu vivo com esperança.
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2 commentaires:
Ó querida, vi o teu comentário no blog da mariana. És um amor miúda, e os teus textos ultrapassam a dimensionalidade do amor profundo que nada teme. É bom nao nos prendermos a ninguém, é sinal de que somos independentes. Por vezes, sem nós mesmas o sabermos. Um beijinho querida, «3
És muiiiiiiiiiito complexa. Não é mau, é bom. (:
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