Tenho treze anos...e quem me dera ser mais inteligente. Para me deixar destas dores inúteis, cansativas, rotineiras. Os meus queridos fantasmas que se escondem, não debaixo da cama, mas sim nas mais profundas entranhas do meu coração (sentido figurado, é claro). Oh, fantástico, um pleonasmo! As entranhas já são profundas. No entanto, vou deixar assim como está, neste preciso momento. Às vezes nem sei por que motivo é um pleonasmo considerado figura de estilo e não apenas uma sincera estupidez. É algo desnecessário. Gastamos tudo o que temos. As palavras, a música, tudo. A sociedade de hoje em dia não suporta o silêncio, associa o silêncio às coisas erradas. Há música para tudo, até para o resto de tudo. Adormecemos a ouvir música, acordamos a ouvir música. Há confusão, e com a confusão vêm as tonturas e o rodopiar constante desta vida continuamente reforçada pelos pleonasmos e por todas as outras figuras de estilo, criadas para embelezar os discursos orais e todo o tipo de estruturas literárias mais descritivas. No fundo, uma perda de tempo. Perdemo-nos com as palavras, com a música, com a confusão. Perdemo-nos com tudo e temos medo de nos perder com o silêncio. Temos medo do silêncio. Tornou-se algo desconfortável nas relações humanas. Eu própria sinto-me desconfortável (sou alvo das minhas próprias críticas, que maravilhoso...e profundamente irónico). Falo em demasia porque tenho medo dele...quando estou com os outros. Quando me encontro apenas comigo mesma, abraço o silêncio como quem abraça o amigo mais precioso. Mas todas as pessoas já se habituaram a um ser irrequieto e falador, profundamente...ah! Tagarela, superficial e infantil, são estas as palavras! Odeio tanto esta diplomacia necessária para continuar com o desenvolvimento. É nisto que sim, sou uma estúpida (ausência de inteligência), por não conseguir estar calada. Por dizer coisas que não são necessárias. Mas eu passo-me, e às vezes sinto-me uma espécie de Hitler, apetecia-me reunir tudo o que não fosse necessário numa sala e mandar tudo para outro lugar. Mas o que será realmente necessário? Tudo, nada? Preciso de Paz. Não preciso de pressa nem do tempo que corre. Não preciso nem quero este mundo louco, esta confusão constante, imediata e confusa. Preciso de paz. (À medida que vou crescendo, vou começando a aperfeiçoar a minha forma de escrita, para já ainda me é confuso tentar exprimir tudo aquilo que sinto, é muito rápido e quase instantâneo...peço desculpa*) Sou mais uma daquelas pessoas que fazem críticas que no fundo todos sabem e preferem pisar e esquecer, sou mais uma daquelas pessoas que espera em vão que no mundo todos ocupem o seu verdadeiro lugar. Mas está tudo certo e tudo errado. E as coisas são como são. As coisas são o que são e não o que deviam ser. Aí está. Desculpa esfarrapada, mas válida. Esfarrapado...que palavra interessante. Há palavras bonitas e palavras feias. Pingo de chuva é uma palavra bonita. Gosto de pingos de chuva, e de girassóis: duas lindas palavras aglutinadas. O Sol e a Lua e o Mar. E aquela muito nossa: a saudade.
Inscription à :
Publier les commentaires (Atom)
1 commentaire:
Este texto está lindo mesmo *.*
Enregistrer un commentaire