mardi, mars 02, 2010

Eu gosto de muita coisa. Gosto de saber que há mais do que uma verdade possível, e ao mesmo tempo gosto de perseguir (irrealmente) aquilo que se divide. Mas, estamos só de passagem, como dizia a canção que ouvi no outro dia pelo rádio, e ao fim ao cabo, quando paro um pouco para pensar sobre todas as minhas acções, não consigo descobrir nem um motivo para prosseguir. Continuo a acreditar nas três camadas que defini para que fosse tudo mais simples: o superficial, o profundo, e aquilo que está para além disso, porque efectivamente tem de haver alguma coisa, e só vou sabê-lo depois. Não agora. E saber aquilo para que nasci, eu talvez saiba, mas logo depois algo me faz pensar duas vezes e coçar a cabeça. "A música é demasiado importante para querer viver dela" ou "O verdadeiro artista acaba por ser aquele que não vive da arte", e eu sei que eles os dois até têm razão. Eu concordo. É um estatuto que só pode ser adquirido depois, não agora. E por vezes gostaria de saber aquilo que a vida reserva para mim, qual o estatuto que irei adquirir. Não sei bem o que quero. Ouvem bem, responsáveis pela educação em Portugal? Aos 13 anos é muito cedo para se escolher uma área. Por que razão não fazem as coisas de maneira diferente? Eu quero piano, mas eu também quero compreender todas as verdades visíveis deste mundo, e quero saber falar línguas que não existem, e quero aprender diplomacia, latim e genética. Está um post demasiado intimista, este. Acho que agora me sinto nua como a pessoa que foi desmascarada. Sim, tu, querida Alice.
Porque digas o que disseres, ao fim ao cabo fazes parte de mim.

3 commentaires:

Gonçalo Paiva a dit…

olá :)

fp ?

Gonçalo Paiva a dit…

olá :)

* f.p ? sim , claro fernando pessoa é exelente

Sílvia Silva a dit…

o artista não é aquele que estuda a arte, mas sim quem a faz.
a arte e a paixão vão sempre andar de mãos dadas, por isso, por mais voltas que a tua vida dê e mesmo que um dia tenhas de passar "pela caixa do pingo doce" a alice artista está dentro de ti e não no que fazes com as horas do teu dia. sim, 13 anos é muito, mas mesmo muito cedo. mas o tempo é mesmo assim, e nunca o vais conseguir ultrapassar, resta-te vivê-lo da melhor forma. o único conselho que te posso dar é que mantenhas sempre as portas e janelas abertas, que não te feches numa visão demasiado restrita e que dês sempre espaço à tua existência em primeiro lugar. atenção que nós não somos apenas o que fazemos, somos muito mais para além disso. mas a vida e os anos vão acabar por te explicar bem melhor do que eu todas estas coisas. aproveita! ah, e não te esqueças das pessoas, é por elas que tudo o resto existe:)