vendredi, octobre 22, 2010

o amor é um sedativo meio estranho que mata. juro.
juro como quem jura por estar meio vivo.
odeio-te, amor! por que insistes em criar ilusões para que te amemos e idolatremos enquanto pensamos estar a amar outra pessoa que nos ama de igual forma?
amor, tu não existes. és como a verdade. e a verdade da verdade é não existir. se não existe, existe.
por que tornas tudo tão complicado, adolescência? por que existes, filosofia?
por que motivo tenho de pensar em todas as relações que vou desenvolvendo com outros seres vivos e já agora, por que insisto em evidenciar todos os factores de interdependência entre estes seres vivos já referenciados como se de um relatório de biologia se tratasse?
amor, se soubesse onde moras... nada faria. ou talvez te fechasse todas as portas, para que não destruísses as ilusões de mais ninguém.
não estás em nenhum lugar. tu és o teu próprio lugar, e isso confunde-me... não sei onde estás.
não te posso dedicar assim tantas coisas. o meu qa (leia-se: quociente amoroso) não é tão desenvolvido quanto isso.
feres-me a vista, amor! porque cegas quem cego não quer ser.
nunca mais te escreverei cartas. elas são todas recambiadas, que eu nunca sei para onde as mandar, senão para lugar algum.
és um problema filosófico, amor. és o maior problema filosófico. que hoje procurei-te entre pedras e bancos de jardim e não te encontrei. vejo-te num ovo, amor. mas foges num relance, qual duende trapaceiro que não quer ser descoberto por roubar os doces da cozinha.
és traquinas, e eu não tenho folgo para te acompanhar. será por isso que temos as tão discutidas aulas de educação física?
és estranho. e como eu sou estranha também, não dá.
não dá.
queria viver sem ti, mas não consigo. por isso escolho viver sem mim. dá menos trabalho.
vou fazer outra coisa que não escrever para ti. mais útil. menos vã.
o amor é corriqueiro. como o mundo. o mundo precisa dele e não o encontra.
nem debaixo de pedras, nem nos bancos de jardim. talvez esteja no frigorífico, bem recostadinho, perto da manteiga.
colocarei um anúncio. quiçá.

2 commentaires:

Anonyme a dit…

Engraçado, sempre que olho para ele penso o mesmo :b

Paulo Miguel a dit…

Eu, sentimental? Eu nao sou sentimental, menina Mia; Eu sou apenas Eu... E é o que eu sei ser melhor:P
Será um privilégio, ter a menina Mia,"atenta" ao meu bolg:)
Eu estive a dar uma leitura na diagonal ao teu blog todo... gostei de todos os posts em geral e ADOREI SIMPLESMENTE alguns.
Acredita que Tu tens uma forma Unica, diferente e excepcional de escrever:)
Eu sim, vou "seguir" o teu blog, menina Mia.