mercredi, avril 14, 2010

Cheguei à ponta do abismo e enchi-me de coragem. Respirei fundo e apertei as mãos. Vou poupar-vos a descrições detalhadas e elaboradas, incluíndo estas uma data de sinónimos aparentemente complicados dos quais eu tanto gosto e aprecio. Encarei o nada, que por momentos pareceu ser quase tudo - talvez um resto de tudo. Abri a boca e hesitei um segundo, mas disse-o, aliás, gritei-o com firmeza:
- Quem foi o homem que vendeu o mundo?
Vazio e o som do vento calado, quase que envergonhado com tão embaraçosa pergunta.
- Quem foi? Respondam-me!
Esperei sozinha, inteiramente sozinha.
Depois apercebi-me de uma coisa: ninguém me iria responder.
Parece que o meu eco morreu.

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